ao homem com quem quero dividir
o teto da casa e do mundo
o chão
as estrelas
a água na geladeira
e o tempo que igualmente escorre das mãos
que tão constante se dão às tuas
e à pele que há em ti
laço embalando o que me cobre
imã dos meus passos que indo e vindo
contam e descontam as horas
para descansar-te em afago
enquanto nos entreolhamos juntos
fora do tempo.
Temporada
Descanso meu cansaço amigo
agora tão diferente
agora tão diferente
acompanhante de estações
em teu apoio, velha morada
dizendo o amor que carrego pelos outonos
e como saberia o que fazer
às folhas amareladas que
aos poucos caem quando venta
pouco e há silêncio às três.
Espero esse doce momento
mas quando te achegas nada se compara
à neblina constante que me inunda
enquanto tudo se ilumina ao redor
como a alvorada de um meio de ano
no cerrado, semelhante aos teus olhos.
Rio-me, derrotada.
Nego-me, ouço-te, aprendo teus traços
pincelo tua voz.
Fecham o outono os dias que se aproximam
o vento entrará pelas frestas,
eu estarei sozinha.
Pondo-te mais perto porém verás
que me reservo a pintar-te crepuscular sempre
impressionada de tuas cores e eternidade.
as mãos não sustentam o mundo
teus braços deslizam
o cimo dos cabelos que aos poucos cobrem meus ombros
escrevendo a alegria intensa da vida certeira
e eu não sei quando
o tempo existiu
porque quando me abraças
tuas mãos clareiam as estrelas
contemplo
amante das tinturas de sol
a imagem que habitará meus dias.
o cimo dos cabelos que aos poucos cobrem meus ombros
escrevendo a alegria intensa da vida certeira
e eu não sei quando
o tempo existiu
porque quando me abraças
tuas mãos clareiam as estrelas
contemplo
amante das tinturas de sol
a imagem que habitará meus dias.
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